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domingo, 8 de abril de 2018

OSTREICULTURA


OSTREICULTURA – VILA DE NOVA OLINDA – AUGUSTO CORRÊA – PA
                   FONTE: ACERVO LABORATÓRIO DE PROBIÓTICOS (2018).

A ostreicultura é uma atividade da malacocultura, que por sua vez está inserida na maricultura que é uma área específica da aquicultura, que visa a criação de organismos aquáticos em ambiente marinho e estuarino
            Conforme Ambrunhosa (2011), A ostreicultura, assim como é denominada a criação de ostras, é uma atividade desenvolvida há muitos séculos pelos países asiáticos. Onde, tornou-se uma atividade muito lucrativa, pois abasteciam o mercado externo, e também exportam para Itália, Alemanha, Estados Unidos, França e Inglaterra.  Enquanto isso, no Brasil, essa atividade passou a ser desenvolvida através de pesquisas na década de 70, nas regiões Sul e Sudeste.
            De acordo com a SEBRAE, ainda nos dias atuais, os pais asiáticos lideram a produção mundial, em especial a China, é o país proeminente na criação mundial aquícola de ostras, gerando 83% total da produção mundial.
            Mathias (2011) afirma que embora a criação de ostras seja muito produtiva para economia, essa atividade é pouco explorada no Brasil. Mesmo assim, o litoral brasileiro se destaca pela sua extensão marítima, com 8,4 mil quilômetros, assim apresentando enorme potencial para o desenvolvimento da ostreicultura. Exemplo disso, é o Estado de Santa Catarina com 90% da produção nacional (Incluindo ostras, mexilhões e vieiras). Além disso, é necessário entender que essa imensa costa marítima não é homogênea, ou seja, possuem condições climáticas e ambientais distintas, deste modo, as espécies criadas se diferenciam entre as regiões brasileiras.
Tendo como exemplo a Cassostrea gigas, que de acordo com Poli (2014), o sucesso produtivo depende de regiões que possuem águas frias, pois águas com temperaturas elevadas o ano inteiro comprometem a taxa de crescimento e de sobrevivência dessa espécie. Ou seja, não são todas as regiões do Brasil que possuem clima favorável para esta espécie.
Diante disso, Legat (2015) afirma que a espécie Cassostrea gasar destacasse com potencial para a ostreicultura no Norte, Nordeste e Sudeste, uma vez que estas regiões apresentam águas com temperaturas mais elevadas, ou seja, essas regiões proporcionam condições ideias para o desenvolvimento desta espécie. Também, de acordo com Silva e Silva (2007), As ostras desse gênero destacassem economicamente pelas suas propriedades nutricionais e pelo aproveitamento de sua concha para produtos industriais e fins medicinais.
Além disso, essa é atividade surge como fonte alternativa de produção de pescado, devido os períodos de suspensão da pesca conhecido como defeso, e principalmente da pressão pesqueira sobre o extrativismo. Sendo assim, a criação de ostras contribui para diminuir problemas ambientais, e também ajuda na renda familiar dos pescadores.
Portanto, o presente trabalho realizado pelo laboratório de probiótico, tem por objetivo mostra o processo da criação da Crassostrea gasar (Adanson, 1757), na Vila de Nova Olinda, localizada no município de Augusto Corrêa, Pará, Brasil. Uma vez que o clima da região apresenta condições que favorecem o desenvolvimento dessa espécie.

                                          RIO EMBORAÍ - VILA DE NOVA OLINDA – AUGUSTO CORRÊA – PA
FONTE: ACERVO LABORATÓRIO DE PROBIÓTICOS (2018)

SISTEMAS DE PRODUÇÃO E MANEJO DE OSTRAS
Há distintas maneiras para criar ostras, nas quais podem ser de fundo ou suspenso, estás podem ser fixas (mesa) e flutuantes (espinhel ou “long-line” e balsa).



CRIAÇÃO FIXA (MESA)
 FONTE: MACEDO (2017)

ESPINHEL OU “LONG-LINE”
FONTE: MACEDO (2017)

FASES DE CRIAÇÃO DE OSTRA
A criação de Ostras na Vila de Nova Olinda passa por três fases:
A primeira fase é a aquisição de sementes, que pode ser realizada no meio natural ou em laboratório. Segundo SAMPAIO (2018), em Nova Olinda as sementes são adquiridas através do grupo de produtores da Aquavila na comunidade Lauro Sodré, localizado no município de Curuçá, onde esses produtores as obtêm no meio natural através do apetrecho denominado de coletor, tais sementes apresentam tamanho até 2,9 cm de altura.
A segunda fase ocorre a seleção dos juvenis que compreende tamanho entre 3 e 5 cm de altura, portanto, neste período são separados das sementes, pois necessitam de mais espaços para se desenvolverem.
A terceira fase é o processo final da criação chamada de engorda, nesse período as ostras atingem 6 cm de altura e são mantidas até chegarem ao tamanho comercial, onde será realizado o processo de seleção que definirá a classificação da ostra conforme o tamanho nas quais são denominadas de baby, média e máster.


 TAMANHO DAS OSTRAS
 FONTE: ACERVO LABORATÓRIO DE PROBIÓTICOS (2018).

SELEÇÃO DAS OSTRAS
 FONTE: ACERVO LABORATÓRIO DE PROBIÓTICOS (2018).

AGREGAÇÃO DE VALOR
            Conforme a SEBRAE, as ostras podem ser comercializadas in natura ou previamente preparadas como ostras gratinadas e congeladas, em conserva, defumada e entre outros produtos.
 Além disso, de acordo Silva E Silva (2007), vale ressaltar que como alimento as ostras possuem excelentes propriedades nutricionais em proteínas e vitaminas A, B e D. Além disso, apresentam altas taxas de ferro, fósforo, cálcio, selênio e zinco.



FONTE: ACERVO LABORATÓRIO DE PROBIÓTICOS (2018).

REFERÊNCIA         
ABRUNHOSA, J, P. Novas oportunidades na aquicultura. Rede E-tec Brasil. Pará, 2011.
MATHIAS, J. Ostras. Revista Globo Rural. Disponível em: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI246991-18294,00-OSTRA.html. Acesso em 01 de fevereiro de 2018.
POLI, C.R. Cultivo de ostras do pacifico (Cassostrea gigas). In: Aquicultura - experiências brasileiras. Florianópolis: Multitarefa, 2004.
LEGAT, J. F. A. Reprodução e cultivo da ostra Cassosotrea gassar (Adanson), nos Estados do Maranhão e Santa Catarina. Florianópolis, 2015. (Tese)
SILVA, C. C; SILVA, J. C. Dossiê Técnico: Cultivo de Ostras. REDETEC – Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro. Dez, 2007.
Sampaio, D. S. Ostreicultura cresce no Pará. Disponível em: http://revistaamazonia.com.br/ostreicultura-cresce-para/. Acesso em 05 de mar de 2018.
SEBRAE. Ideias de negócio: Criação de Ostras. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/como-montar-um-negocio-para-criacao-de-ostras,86387a51b9105410VgnVCM1000003b74010aRCRD.Acesso em 05 de mar de 2018.

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