OSTREICULTURA
– VILA DE NOVA OLINDA – AUGUSTO CORRÊA – PA
FONTE: ACERVO LABORATÓRIO DE PROBIÓTICOS (2018).
A ostreicultura é uma atividade da
malacocultura, que por sua vez está inserida na maricultura que é uma área
específica da aquicultura, que visa a criação de organismos aquáticos em
ambiente marinho e estuarino
Conforme Ambrunhosa (2011), A
ostreicultura, assim como é denominada a criação de ostras, é uma atividade
desenvolvida há muitos séculos pelos países asiáticos. Onde, tornou-se uma
atividade muito lucrativa, pois abasteciam o mercado externo, e também exportam
para Itália, Alemanha, Estados Unidos, França e Inglaterra. Enquanto isso, no Brasil, essa atividade passou
a ser desenvolvida através de pesquisas na década de 70, nas regiões Sul e
Sudeste.
De acordo com a SEBRAE, ainda nos
dias atuais, os pais asiáticos lideram a produção mundial, em especial a China,
é o país proeminente na criação mundial aquícola de ostras, gerando 83% total da
produção mundial.
Mathias (2011) afirma que embora a
criação de ostras seja muito produtiva para economia, essa atividade é pouco explorada
no Brasil. Mesmo assim, o litoral brasileiro se destaca pela sua extensão
marítima, com 8,4 mil quilômetros, assim apresentando enorme potencial para o
desenvolvimento da ostreicultura. Exemplo disso, é o Estado de Santa Catarina
com 90% da produção nacional (Incluindo ostras, mexilhões e vieiras). Além
disso, é necessário entender que essa imensa costa marítima não é homogênea, ou
seja, possuem condições climáticas e ambientais distintas, deste modo, as
espécies criadas se diferenciam entre as regiões brasileiras.
Tendo
como exemplo a Cassostrea gigas, que de acordo com Poli (2014), o sucesso
produtivo depende de regiões que possuem águas frias, pois águas com
temperaturas elevadas o ano inteiro comprometem a taxa de crescimento e de
sobrevivência dessa espécie. Ou seja, não são todas as regiões do Brasil que
possuem clima favorável para esta espécie.
Diante
disso, Legat (2015) afirma que a espécie Cassostrea gasar destacasse com
potencial para a ostreicultura no Norte, Nordeste e Sudeste, uma vez que estas
regiões apresentam águas com temperaturas mais elevadas, ou seja, essas regiões
proporcionam condições ideias para o desenvolvimento desta espécie. Também, de
acordo com Silva e Silva (2007), As ostras desse gênero destacassem
economicamente pelas suas propriedades nutricionais e pelo aproveitamento de
sua concha para produtos industriais e fins medicinais.
Além
disso, essa é atividade surge como fonte alternativa de produção de pescado,
devido os períodos de suspensão da pesca conhecido como defeso, e
principalmente da pressão pesqueira sobre o extrativismo. Sendo assim, a
criação de ostras contribui para diminuir problemas ambientais, e também ajuda
na renda familiar dos pescadores.
Portanto,
o presente trabalho realizado pelo laboratório de probiótico, tem por objetivo
mostra o processo da criação da Crassostrea gasar (Adanson,
1757), na
Vila de Nova Olinda, localizada no município de Augusto Corrêa, Pará, Brasil.
Uma vez que o clima da região apresenta condições que favorecem o
desenvolvimento dessa espécie.
RIO EMBORAÍ - VILA DE NOVA OLINDA
– AUGUSTO CORRÊA – PA
FONTE:
ACERVO LABORATÓRIO DE PROBIÓTICOS (2018)
SISTEMAS
DE PRODUÇÃO E MANEJO DE OSTRAS
Há
distintas maneiras para criar ostras, nas quais podem ser de fundo ou suspenso,
estás podem ser fixas (mesa) e flutuantes (espinhel ou “long-line” e balsa).
CRIAÇÃO FIXA (MESA)
FONTE: MACEDO (2017)
ESPINHEL OU
“LONG-LINE”
FONTE: MACEDO (2017)
FASES
DE CRIAÇÃO DE OSTRA
A
criação de Ostras na Vila de Nova Olinda passa por três fases:
A
primeira fase é a aquisição de sementes, que pode ser realizada no meio natural
ou em laboratório. Segundo SAMPAIO (2018), em Nova Olinda as sementes são
adquiridas através do grupo de produtores da Aquavila na comunidade Lauro
Sodré, localizado no município de Curuçá, onde esses produtores as obtêm no
meio natural através do apetrecho denominado de coletor, tais sementes
apresentam tamanho até 2,9 cm de altura.
A
segunda fase ocorre a seleção dos juvenis que compreende tamanho entre 3 e 5 cm
de altura, portanto, neste período são separados das sementes, pois necessitam
de mais espaços para se desenvolverem.
A
terceira fase é o processo final da criação chamada de engorda, nesse período
as ostras atingem 6 cm de altura e são mantidas até chegarem ao tamanho
comercial, onde será realizado o processo de seleção que definirá a
classificação da ostra conforme o tamanho nas quais são denominadas de baby,
média e máster.
SELEÇÃO DAS OSTRAS
AGREGAÇÃO
DE VALOR
Conforme a
SEBRAE, as ostras podem ser comercializadas in natura ou previamente preparadas
como ostras gratinadas e congeladas, em conserva, defumada e entre outros
produtos.
Além disso, de acordo Silva E Silva (2007), vale
ressaltar que como alimento as ostras possuem excelentes propriedades
nutricionais em proteínas e vitaminas A, B e D. Além disso, apresentam altas
taxas de ferro, fósforo, cálcio, selênio e zinco.
FONTE:
ACERVO LABORATÓRIO DE PROBIÓTICOS (2018).
REFERÊNCIA
ABRUNHOSA, J, P. Novas oportunidades na aquicultura. Rede E-tec Brasil. Pará, 2011.
MATHIAS, J. Ostras. Revista Globo Rural.
Disponível em: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI246991-18294,00-OSTRA.html.
Acesso em 01 de fevereiro de 2018.
POLI, C.R. Cultivo de ostras do pacifico (Cassostrea
gigas). In: Aquicultura - experiências brasileiras. Florianópolis:
Multitarefa, 2004.
LEGAT, J. F. A. Reprodução e cultivo da ostra
Cassosotrea gassar (Adanson), nos Estados do Maranhão e Santa Catarina. Florianópolis,
2015. (Tese)
SILVA, C. C; SILVA, J. C. Dossiê Técnico: Cultivo
de Ostras. REDETEC – Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro. Dez, 2007.
Sampaio, D. S. Ostreicultura cresce no Pará.
Disponível em: http://revistaamazonia.com.br/ostreicultura-cresce-para/.
Acesso em 05 de mar de 2018.
SEBRAE.
Ideias de negócio: Criação de Ostras.
Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/como-montar-um-negocio-para-criacao-de-ostras,86387a51b9105410VgnVCM1000003b74010aRCRD.Acesso
em 05 de mar de 2018.
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